sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Sobre o caso Woody Allen


Sobre a terrível cultura do apedrejamento e a capacidade do brasileiro se indignar com o conhecimento apenas da manchete de uma notícia.

Woody Allen se apaixonou pela enteada de sua esposa Mia Farrow, Soon-Yi (que era filha adotiva de Farrow e André Previn), que tinha 22 anos à época, relacionamento que segue forte ainda hoje, um caso que movimentou os tablóides sensacionalistas e que fez com que a mulher traída decidisse se vingar assassinando a reputação do ex-marido, inserindo na amarga equação acusações doentias e claramente mentirosas de abuso sexual infantil (NÃO existe pedófilo de um caso só). Apesar de um dos filhos corajosamente se posicionar publicamente sobre o abuso psicológico da mãe no passado, defendendo que ela fez “lavagem cerebral” nos pequenos, boa parte do público, que sequer estudou a fundo o caso, ainda liga o nome do cineasta ao escândalo midiático.

Se você segue ligando o nome de Allen a um caso em que ele já foi INOCENTADO décadas atrás por peritos de dois estados, propagando o ódio "ad hominem" e tentando desvalorizar suas obras, com o perdão da expressão, você é um tremendo idiota. Seja melhor, estude, não dissemine mentiras para posar de pessoa íntegra virtualmente.

Palavras de Allen sobre Soon-Yi: "Uma das maiores experiências da minha vida foi com minha mulher. Ela teve um passado muito, muito difícil na Coréia. Foi uma órfã vivendo nas ruas, morando em latas de lixo e passando fome aos 6 anos de idade até ser levada a um orfanato. Eu forneci a ela oportunidades incríveis e ela retribuiu todas elas. Ela estudou, tem amigos, filhos (ela e Allen são pais de Bechet, 17, e Manzie, 15), um diploma, viajou para vários lugares. Se tornou uma pessoa completamente diferente. O que proporcionei a ela me deu mais prazer do que todos os meus filmes."

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