quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Sobre o caso da exposição no Santander Cultural

Um pouco de lucidez, uma reflexão simples: O ato de censurar arte é sintoma de um sistema desprezível composto por indivíduos claramente desequilibrados emocionalmente, movidos pelo instinto baixo de traçar uma linha imaginária na areia e defender que algo não deve ser considerado relevante (questão de opinião que deve ser respeitada) e, por conseguinte, não merece existir (algo indefensável). Nem mesmo o argumento moralista utilizado desta feita é novidade, a Alemanha nazista e sua exposição "Arte Degenerada" já segregava pintores como Picasso e Matisse na década de 30. Ray Bradbury mostrava em seu "Fahrenheit 451" uma sociedade distópica em que todos os livros eram queimados, obra adaptada para o cinema por François Truffaut em 1966. O tempo passou, mas os seres humanos seguem chafurdando na lama da estupidez. É vergonhoso que este tipo de coisa ainda suscite discussões em 2017.

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