sábado, 29 de outubro de 2016

Sobre o voto nulo em nosso sistema político

O sistema obrigatório, uma bizarrice nada democrática, faz a engrenagem da corrupção ser movimentada. O "não votar", em caso de discordância com todos os candidatos, deve ser respeitado em qualquer nação em que o sistema permita que apenas os politicamente conscientes participem da eleição, como nos Estados Unidos.

A realidade do Brasil é outra, os políticos utilizam o povo mais humilde como massa de manobra, ganhando votos com promessas de dentaduras pra vovó, melhoria na praça da frente da casa do seu Zé da padaria, ou, no caso de Crivella, lugar de destaque no céu dos fiéis. O "não voto" nesse sistema, quando há uma opção perigosa com potencial de vitória, exatamente pelo jogo sujo feito pelo candidato, não é estratégico. Xadrez não é o forte do brasileiro, já sabemos, aqui já é difícil encontrar adultos que saibam interpretar corretamente um texto.

O "não voto" facilita, por omissão, a vitória do caráter torto, já que não invalida uma eleição. Se os que votam nulo, ou não votam, entendessem que em nosso sistema o posicionamento estratégico é essencial, o panorama político não estaria tão desastroso. Como eu sempre digo, a raiz de todos os nossos problemas está na educação.

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