quarta-feira, 27 de abril de 2016

O Dia em Que Conheci um Trapalhão

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Entrevista exclusiva com Rafael Spaca, sobre o livro:


Na noite dessa Segunda, 25/04/16, fiz questão de aplaudir pessoalmente o belo trabalho de resgate cultural do jornalista Rafael Spaca, autor do livro “O Cinema dos Trapalhões – Por Quem Fez e Por Quem Viu”, da Editora Laços, um conjunto de mais de cento e trinta entrevistas realizadas por ele com técnicos e artistas que participaram dos filmes desse grupo inesquecível. Desprezados por boa parte da crítica cinematográfica em seu tempo, os filmes protagonizados por Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum e Zacarias, foram fundamentais na formação cinéfila de muitas crianças e adolescentes. Conheço pessoas que afirmam que aprenderam a amar o cinema graças às aventuras desses super-heróis brasileiros. Quando entrei na sala escura com minha mãe pra ver "Os Fantasmas Trapalhões" no extinto Cine Carioca, no Rio de Janeiro, eu colecionava as revistas em quadrinhos lançadas pela Editora Abril Jovem, "As Aventuras dos Trapalhões", com paródias dos sucessos de Hollywood. Conheci o RPG, role-playing game, através de "Didiana Jones na Ilha dos Dinossauros", antes de embarcar nos livros adultos do gênero escritos por Steve Jackson e Ian Livingstone. 

Então vocês podem imaginar a emoção que tive ao encontrar o grande Manfried Sant'Anna, o nosso querido trapalhão Dedé Santana, um competente diretor, apaixonado por cinema. E, o mais importante, pude agradecer pessoalmente por alguns dos momentos mais felizes da minha infância. Ele é gentil, humilde e atencioso, como os grandes sempre são. Também na foto, outro símbolo de simpatia e talento, a querida amiga Nádia Lippi, que está no elenco do meu quarto curta: "Nocebo". 


Parabéns, Rafael, pelo respeito que nutre por esses artistas e pelo gesto nobre de posicioná-los no lugar de destaque que merecem em nossa indústria. Saiba que conta aqui com um aliado nessa batalha. E obrigado, porque graças ao seu livro, pude realizar um sonho da minha criança interior. 

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