sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Rebobinando o VHS - "Gymkata - O Jogo da Morte"


Ideia estapafúrdia semelhante, apenas em “Born to Fight”, filme tailandês de 2004, vale salientar, muito mais divertido que esta bomba que hoje resgato no texto. O diretor Robert Clouse, responsável por “Operação Dragão”, pouco antes de entregar o melhor momento de Cynthia Rothrock, a pérola “China O’Brien”, desafia os limites do bom senso em “Gymkata”.


Gymkata - O Jogo da Morte (Gymkata - 1985)
A missão suicida: enfrentar ninjas exóticos, escapar de flechas mortais e defender o mundo ocidental em um torneio similar às provas das clássicas Olimpíadas do Faustão, chamado “O Jogo”, em um vilarejo no fictício reino do Parmistão. O herói da fita: um campeão de ginástica olímpica, Kurt Thomas, que nunca mais atuou, passa por um treinamento intensivo de artes marciais que consiste em subir uma escada plantando bananeira, habilidade que o permite se tornar um agente secreto norte-americano. Por sorte, ele encontra muitas barras fixas nas ruelas, além de um incrível cavalo com alças disfarçado no meio da praça da cidade, elemento imprescindível na cena de ação mais hilária do roteiro. O nobre objetivo: utilizar o prêmio, a realização de um desejo do vencedor pelo rei, para instalar um sistema de satélites de defesa no país. Nada faz sentido, a diversão é garantida. 

Vale destacar a presença do lutador Richard Norton, presença marcante em várias pérolas C da época, vivendo o guerreiro do rei, apaixonado pela princesa, a gatinha filipina Tetchie Agbayani. Quando ela demonstra estar mais interessada no Diego Hypólito karateca, ele se revolta e passa a objetivar assassinar o rapaz o mais rápido possível. Mas quando o filme parece estar fadado à obviedade narrativa, o terceiro ato surpreende com toques de terror, o herói precisa atravessar uma vila fantasma dominada por seres bizarros, como um homem com um segundo rosto na nuca, cena que me apavorava na infância. Claro, tudo orquestrado como humor involuntário, “Gymkata” não esconde se tratar de uma despretensiosa paródia do gênero. 

O filme era exibido com frequência na Bandeirantes durante a década de noventa, mas a capa do VHS é inesquecível, ainda que poucos tivessem coragem de pagar para ver. 

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