Algumas semanas atrás, uma nova leitora me pediu ajuda e eu
gentilmente recusei. Ela havia se posicionado publicamente sobre a óbvia baixa
qualidade musical de um popular artista nacional e estava recebendo ataques de
alguém que a chamava de homofóbica. Sem pensar duas vezes, eu pedi que ela
dedicasse alguns minutos de atenção às postagens em meu perfil.
Ela não entendeu muito bem de início esta atitude, por
conseguinte, deve ter considerado que era preguiça deste jovem escriba, afinal,
ela havia acabado de conhecer meu trabalho. Com carinho, expliquei que eu
jamais desperdiçava precioso tempo com temas irrelevantes, já que haverá sempre
espaço generoso na sociedade para o que é grotesco, falso, sensacionalista, mas
cada indivíduo, de qualquer classe social, raça e credo, tem a escolha de se
entregar na busca pelo autoaprimoramento intelectual constante, ou somar na
incomensurável fila dos medíocres e preguiçosos. Ela tem a opção de entrar no
tolo jogo imediatista de um ídolo de barro, ou utilizar o mesmo tempo em algo
culturalmente mais enriquecedor. A leitora entendeu o meu ponto de vista e
agradeceu o conselho.
Hoje, poucos dias antes do final deste intenso ano, creio
ser importante esta reflexão, não apenas nas redes sociais, mas também no
cotidiano. A mudança de atitude é a fagulha que, em longo prazo, pode modificar
uma nação. Acima de tudo, honre o "sapiens" que sucede o
"homo". Seja a vela que ilumina a escuridão.
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